E isto não é um artigo.
Mas também não é um pedido de desculpas.
Nem, de forma inversa, se trata de uma acusação.
É, penso eu, uma confissão encapotada, sobretudo a mim mesmo; um ponto de ordem.
Outras exigências literárias, verdadeiramente literárias, se levantam neste momento com urgência de gigantes. Não são incompatíveis, nem será essa a principal razão para que a fornalha do blog tenha ultimamente tido de sobreviver com menos lenha. Não é exactamente esse o caso, mas também não deixa de o ser, de algum modo.
Durante os próximos dias fecharei um olho ao blog e à vontade de recuperar nele a consistência e o ritmo de outros dias. E não se trata de preguiça, mas da concentração alocada a um outro projecto, cuja vontade de fechar me tem consumido. Já falta pouco, porém.
É este o ponto de ordem: assumir que o blog não constará do campo de preocupações por uns dias, sobretudo para que os dedos não percam a forma como redigem um livro, que não é exacta nem necessariamente aquela com que redigem um artigo, aqui.
Hugo Picado de Almeida