Os lábios são evidentemente o melhor disto tudo. Sobretudo os das mulheres.
Pela mão dos lábios, a única agressão possível é o beijo, e a única violência o prazer. Dos lábios disse também Virginia Woolf que “a linguagem é como vinho sobre” eles, e como tinha razão.
Àquilo que pode beijar uma mulher e dar ao mundo palavras deve amar-se como poucas outras coisas. Eu gosto de lábios, e talvez não me importasse de não ser nada senão eles.
Hugo Picado de Almeida