Os quadros que tenho na parede do quarto distam uns dos outros meros centímetros, mas isso não os impede de continuarem a representar lugares a milhares de quilómetros de distância, daqui e entre si. Há nisso algo que me comove, ao ver a parede tatuada como um corpo de sinais, rotas num mapa que a parede subentende e incorpora, espaços por que se infiltra. Quando toda a parede se transforma em álbum, é a casa que se converte em viagem. Incessante e permanente.
Hugo Picado de Almeida
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